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Sorriso,22/02/2025

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Steve Bannon, ex-estrategista de Trump, faz suposta saudação nazista em evento conservador; extrema direita francesa cancela participação

g1.globo.com
Steve Bannon, ex-estrategista de Trump, faz suposta saudação nazista em evento conservador; extrema direita francesa cancela participação


Gesto ecoa suposto 'aceno' de Elon Musk em evento de comemoração da posse de Trump, condenado por diversas líderes internacionais. Steve Bannon faz suposto gesto nazista durante conferência conservadora, em 20 de fevereiro de 2025
Reuters
O ex-estrategista de Donald Trump, Steve Bannon, fez um gesto que se assemelha a uma saudação nazista no palco de um evento que reúne forças políticas conservadoras, fazendo com que a extrema direita francesa cancelasse sua participação no congresso.
Joan Bardella, de 29 anos, é presidente do partido ultraconservador francês Reunião Nacional (RN), que tem Marine Le Pen como principal líder, e é considerado um nome em ascensão da extrema direita mundial. Ele deveria discursar no evento, realizado nos EUA nesta sexta-feira (21), mas desistiu da intervenção após o gesto de Bannon.
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"Neste palanque ontem, enquanto eu não estava presente na sala, um dos palestrantes se permitiu, como uma provocação, um gesto referindo-se à ideologia nazista", disse Bardella, sem se referir diretamente a Bannon, ex-assessor de Trump considerado essencial em sua primeira eleição à Presidênia dos EUA. "Consequentemente, tomei a decisão imediata de cancelar minha intervenção agendada para esta tarde no evento."
Quando seu discurso chegou ao fim na quinta-feira (20), Bannon esticou o braço e o levantou, antes de dizer "Amém", de acordo com um vídeo do evento.
Bannon negou ter feito uma saudação nazista, dizendo a um jornalista francês que era um "aceno". Ele disse que, se Bardella cancelou sua aparição devido ao gesto, "ele é indigno de liderar a França".
"Se ele está tão preocupado com isso e se molha como uma criança, então ele é indigno e nunca liderará a França", disse Bannon.
Gesto de Elon Musk
A saudação ecoa um gestou feito por Elon Musk em 20 de janeiro, em um evento comemorativo da posse de Trump para seu segundo mandato.
Musk se aliou a Trump durante a campanha e se tornou um de seus principais assessores, comandando um departamento com a missão de realizar cortes de gastos na máquina governamental dos EUA.
O bilionário é uma das principais figuras do evento. Na quinta, ele ganhou uma motosserra do presidente argentino, Javier Milei no palco da convenção.
Durante a fala, Musk fez um gesto com as mãos em direção ao público que alguns usuários nas redes sociais disseram parecer uma saudação nazista. Outros citam que o gesto surgiu no Império Romano.
Elon Musk cumprimenta Javier Milei após ganhar motosserra de presente do presidente argentino, durante evento em Maryland, nos EUA
Nathan Howard/Reuters
Musk, que agora chefia o Departamento de Eficiência Governamental, subiu ao palco pulando e abrindo os braços de forma efusiva. "Esse é 'o' sentimento da vitória", falou. "E não foi uma vitória qualquer. Foi um momento decisivo para a civilização humana."
"Graças a vocês, o futuro da civilização está garantido. Teremos cidades seguras, finalmente, fronteiras seguras, gastos sensatos, coisas básicas", completou.
"Essa eleição realmente importava. E eu quero apenas agradecer a vocês por fazerem isso acontecer. Obrigado", disse Musk, fazendo o gesto em seguida.
O ato foi amplamente condenado por líderes internacionais.
Uma das críticas partiu de Olaf Scholz, chanceler da Alemanha. Questionado sobre o gesto, o líder disse que a liberdade de expressão não pode ser usada para apoiar posições de extrema direita.
"Nós temos liberdade de expressão na Europa e na Alemanha. Todos podem dizer o que quiserem, mesmo que sejam bilionários. O que não aceitamos é se for para apoiar posições de extrema direita", disse Scholz.
RN, Le Pen e Trump
A RN, anteriormente conhecida como Frente Nacional, costumava ser conhecida pelo antissemitismo e pelo racismo quando estava sob o comando do pai de Marine Le Pen, Jean-Marie Le Pen, mas desde então se tornou mais pró-Israel em meio a um esforço mais amplo para expurgar o partido de elementos tóxicos.
Esses esforços o transformaram no maior partido parlamentar da França, e Le Pen é amplamente vista como a favorita para ser a próxima presidente da França na eleição de 2027.
No entanto, suas relações com Trump nem sempre foram tranquilas. Ele não a recebeu em 2017 durante sua visita à Trump Tower, mas desde então ela pareceu se aproximar dele.
Ela disse recentemente que a pressão de Trump sobre a Colômbia para receber migrantes deportados deveria ser copiada pela França. No início de fevereiro, ela disse que a RN era "a melhor colocada na França para falar com o governo Donald Trump".




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