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Sorriso,26/02/2025

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Trump diz que pretende impor tarifas de 25% para produtos importados da União Europeia

g1.globo.com
Trump diz que pretende impor tarifas de 25% para produtos importados da União Europeia


Nesta quarta, o presidente americano disse também que as tarifas contra México e Canadá entrarão em vigor em 2 de abril, cerca de um mês depois do prazo anterior. O presidente dos EUA, Donald Trump, realiza sua primeira reunião de gabinete enquanto se senta ao lado do Secretário de Estado, Marco Rubio, e do Secretário de Defesa, Pete Hegseth, em Washington, D.C.
REUTERS/Brian Snyder
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (26) que sua administração anunciará tarifas sobre produtos importados da União Europeia em breve, e que as taxas devem ser de 25%.
"Nós tomamos uma decisão, vamos anunciá-la muito em breve. Será de 25%, de maneira geral. Em carros e algumas outras coisas", disse Trump.
O presidente dos EUA afirmou que a relação do país com a UE é diferente daquele com Canadá e México, pois os europeus estariam "tirando vantagem" dos americanos nas trocas comerciais.
"Não aceitam nossos carros, nem nossos produtos agrícolas, usando as mais variadas justicativas. E nós aceitamos todos os produtos deles. Isso nos deixa com um déficit de US$ 300 bilhões com a União Europeia", disse Trump.
"Adoro os países da Europa, mas a União Europeia foi feita para ferrar os EUA, sejamos honestos. E eles têm feito um bom trabalho."
Tarifas a México e Canadá
No fim de janeiro, os EUA confirmaram a imposição de tarifas de 25% sobre produtos importados do Canadá e do México, além de taxas de 10% para a China.
México e Canadá chegaram a um entendimento com Trump para pausar por um mês as tarifas anunciadas pelo republicano contra o país. Nesta quarta, o presidente americano disse que as tarifas entrarão em vigor em 2 de abril, cerca de um mês depois do prazo anterior.
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, disse na época ter tido "uma boa conversa" com Trump, e destacou que o país está implementando seu plano de fronteira com os EUA, no valor de US$ 1,3 bilhão, para "interromper o fluxo de fentanil".
"Quase 10 mil funcionários da linha de frente estão e estarão trabalhando na proteção da fronteira", afirmou o primeiro-ministro, em publicação na rede social X.
"Além disso, o Canadá está assumindo novos compromissos para nomear um "Czar do Fentanil", listar os cartéis como terroristas, garantir vigilância 24 horas na fronteira, lançar uma Força-Tarefa Conjunta Canadá-EUA para combater o crime organizado, o fentanil e a lavagem de dinheiro."
"As tarifas propostas serão suspensas por pelo menos 30 dias enquanto trabalhamos juntos", concluiu.
Donald Trump afirmou em sua plataforma Truth Social que o Canadá concordou em garantir que os dois países tenham "uma fronteira norte segura" para "finalmente acabar com a praga mortal de drogas como o fentanil".
O presidente norte-americano voltou a dizer que a substância tem "inundado" os EUA, "matando centenas de milhares de americanos".
"É minha responsabilidade garantir a segurança de todos os americanos, e é exatamente isso que estou fazendo. Estou muito satisfeito com este resultado inicial, e as tarifas anunciadas no sábado [1º] serão suspensas por um período de 30 dias para ver se um acordo econômico final com o Canadá pode ser estruturado", declarou o republicano.
Presidente do México conversa com Trump e consegue suspensão de tarifas
O anúncio de Trudeau veio poucas horas após a presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmar que chegou a um entendimento com Trump para pausar, também por um mês, as tarifas anunciadas pelo republicano contra o país.
Em entrevista a jornalistas, a presidente mexicana disse que os chefes de Estado entenderam que essa seria a melhor forma de continuarem competitivos com a China e outras nações do mundo. Segundo ela, o México passa a ter três mesas de trabalho conjuntas com o governo norte-americano.
"Já temos uma mesa com a Secretaria do Departamento dos Estados Unidos, onde o subsecretário está trabalhando fortemente para a defesa dos nossos irmãos mexicanos e sobre todos os temas que tenham a ver com imigração."
"Agora, se abrem duas novas mesas de trabalho, uma para tratarmos sobre o tema de segurança e outra sobre o tema de comércio", acrescentou Sheinbaum. "Teremos um mês para trabalhar e convencer a todos que esse é o melhor caminho".
Canadá, México e China reagem a tarifas impostas pelos Estados Unidos
Tarifaço de Trump
A imposição de tarifas pelos EUA está alinhada com as promessas do presidente Donald Trump de taxar seus três principais parceiros comerciais. São países que os EUA têm déficit na balança comercial, ou seja, gastam mais com importações do que recebem com exportações.
Segundo Trump, a aplicação de tarifas visa lidar com déficits comerciais e problemas nas fronteiras, como a travessia de migrantes sem documentos e o tráfico de fentanil. Ele também afirmou que irá impor taxas sobre a União Europeia, mas não detalhou a alíquota ou quando isso acontecerá.
Até sexta-feira, Trump não havia adotado medidas concretas de taxação, o que vinha gerando reflexos positivos nos mercados emergentes, incluindo o Brasil.
Nesta segunda-feira, o mercado reagia com cautela e o dólar ganhava força globalmente, temendo que a troca de tarifas fosse o início de uma guerra comercial que poderia aumentar os preços dos produtos e dificultar a redução dos juros pelos bancos centrais.
Medidas como o aumento de tarifas de importação e a política anti-imigração de Trump podem gerar mais inflação nos EUA. Além disso, a renúncia de impostos para favorecer as empresas norte-americanas é vista como um risco para as contas públicas do país.
Esses fatores indicam que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, terá mais dificuldade de controlar os preços, mantendo os juros elevados no país no país.
O cenário afeta o Brasil porque juros mais altos nos EUA fazem os títulos públicos norte-americanos renderem mais. Isso atrai investidores, que levam recursos para os EUA, valorizando o dólar frente a outras moedas. Esse conjunto de eventos altera o fluxo de investimentos no mundo todo.
A fuga de capital pode levar o Banco Central (BC) a elevar a taxa Selic no Brasil, impactando negativamente a atividade econômica brasileira. Além disso, o Brasil pode ser afetado por uma desaceleração da economia chinesa caso Trump confirme taxações elevadas contra os asiáticos.
Outro reflexo para o Brasil é a possível sobreoferta de produtos chineses. Com os EUA importando menos do país, itens manufaturados asiáticos (com preços muito mais baixos) tendem a buscar outros mercados.




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