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Trump recua de novo e adia para abril taxação de alguns produtos de México e Canadá

g1.globo.com
Trump recua de novo e adia para abril taxação de alguns produtos de México e Canadá


Segundo o presidente, o México não terá que pagar tarifas sobre nenhum produto que se enquadre no Acordo USMCA (acordo comercial entre EUA, México e Canadá). O presidente dos EUA, Donald Trump, durante coletiva de imprensa em 27 de fevereiro de 2025
REUTERS/Kevin Lamarque
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na tarde desta quinta-feira (6) que vai adiar mais uma vez a cobrança de tarifas sobre algumas das importações que chegam ao país vindas do Canadá e do México.
Segundo o republicano, os países não precisarão pagar tarifas sobre nenhum produto que se enquadre no Acordo USMCA (acordo comercial entre EUA, México e Canadá).
O adiamento da taxação será válido até 2 de abril, data em que outras tarifas impostas por Trump devem começar a valer. (veja detalhes mais abaixo)
'Tarifaço' de Trump: veja as taxas em vigor e quais são os países atingidos
O acordo comercial da América do Norte abrange uma ampla gama de produtos e serviços. Entre os principais, estão produtos agrícolas, manufaturados, de tecnologia, entre outros.
Inicialmente, Trump havia mencionado a isenção apenas para o México, mas ficou claro no final da tarde (horário de Brasília) desta quinta-feira que a ordem de tarifas alterada também abrange o Canadá.
Para o Canadá, a ordem também exclui taxas sobre potássio, um fertilizante essencial para fazendeiros dos EUA, mas não cobre totalmente produtos energéticos — sobre os quais Trump impôs uma tarifa separada de 10%.
Segundo um funcionário da Casa Branca disse à Reuters, isso acontece porque nem todos os produtos energéticos importados do Canadá são cobertos pelo USMCA.
Por que Trump mudou de ideia?
Em sua rede social, Trump atribuiu sua decisão em relação ao México ao trabalho que país tem feito na fronteira com os EUA.
"Nosso relacionamento tem sido muito bom e estamos trabalhando duro, juntos, na fronteira, tanto em termos de impedir que estrangeiros ilegais entrem nos Estados Unidos quanto, da mesma forma, impedir o Fentanil", escreveu em seu perfil no Truth Social.
O presidente ainda agradeceu à presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, por seu "trabalho duro e cooperação".
A Casa Branca já havia anunciado, nesta quarta-feira (5), que decidiu adiar por 30 dias a cobrança de tarifas sobre os veículos importados do México e do Canadá para os EUA. O governo americano disse às montadoras, porém, que deveriam migrar suas operações para o país para evitar a taxação após esse período.
Mais cedo, nesta quinta, o Secretário do Comércio dos EUA já havia dito que o país poderia estender essa suspensão das tarifas para todos os produtos que fazem parte do Acordo USMCA.
Sobre o Canadá, Trump escreveu na noite desta quarta-feira que conversou com o primeiro-ministro do país, Justin Trudeau, sobre as questões tarifárias entre os países. O presidente americano disse, no entanto, que não está "convencido" de que o governo canadense atuou o suficiente para resolver os problemas de entrada de fentanil e de imigrantes ilegais nos EUA.
Depois, na manhã desta quinta, Trump disse que Trudeau está "usando os problemas das tarifas, que ele causou em grande parte, para concorrer novamente ao cargo de primeiro-ministro".
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O 'tarifaço' de Trump
Depois de um primeiro adiamento de 30 dias, as tarifas de 25% sobre todas as importações que chegam aos EUA do México e Canadá entrou em vigor na última terça-feira (4), junto a uma taxa adicional de 10% sobre as importações vindas da China — o que gerou retaliações desses países e reações negativas em mercados financeiros no mundo todo.
Trump impôs essas tarifas (as primeiras de uma série de taxas anunciadas no último mês) alegando que elas eram decorrentes dos problemas de entrada de drogas e imigrantes pelas fronteiras dos países vizinhos e pelo envio de drogas vindas da China.
No mesmo dia em que as medidas entraram em vigor, Canadá e China já retaliaram.
O Canadá afirmou que vai impor tarifas de 25% sobre US$ 107 bilhões em produtos dos EUA em até 21 dias. Em entrevista, o primeiro-ministro canadense também disse que buscaria "diversas medidas não tarifárias" se fosse necessário para combater as taxas americanas.
Já a China impôs taxas de 10% a 15% sobre os produtos agrícolas que chegam ao país vindos dos EUA e anunciou restrições de exportações e investimentos a 25 empresas americanas.
O México não chegou a anunciar nenhuma medida, mas a presidente do país afirmou que não havia "justificativa" para as tarifas de 25% impostas pelos EUA e disse que estudava uma forma de retaliação. "Ninguém ganha com esta decisão", disse Sheinbaum.
ENTENDA OD DETALHES: Canadá, China e México anunciam novas taxas a produtos dos EUA, em resposta a 'tarifaço' de Trump
Além das taxas sobre os três países, Trump também já anunciou uma série de outras medidas semelhantes, como:
tarifas de 25% para todas as importações de aço e alumínio que chegam aos EUA, a partir de 12 de março;
a cobrança de tarifas recíprocas a países que cobram taxas de importação de produtos americanos, a partir de 2 de abril;
a promessa mais recente, feita nesta segunda-feira (3), de impor tarifas de importação a todos os produtos agrícolas que chegam ao país também a partir de 2 de abril.
O presidente americano também já prometeu que vai anunciar mais tarifas sobre outros tipo de produtos, como carros, produtos farmacêuticos, medicamentos e madeira, por exemplo.
A alternativa para que não haja a cobrança das taxas, segundo Trump, é que "as empresas se mudem para os EUA"




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