A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, na manhã desta quinta-feira (20), a Operação Ignis, visando combater a atuação de uma facção criminosa em Campos de Júlio. A ação resultou na prisão de um dos líderes do grupo e no cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao tráfico de drogas.

A operação faz parte do planejamento estratégico da Polícia Civil de Mato Grosso dentro da Operação Inter Partes, que integra o programa Tolerância Zero do Governo do Estado.

Investigações revelam envolvimento em crimes graves

As investigações conduzidas pela Delegacia de Campos de Júlio identificaram a influência do suspeito na estrutura da facção criminosa, sendo um dos principais fornecedores de drogas no município. Ele também era responsável por crimes como extorsão, tortura, incêndio criminoso e homicídios.

Inicialmente, o suspeito atuava como "aviãozinho", entregando entorpecentes para a facção. Com o tempo, ele subiu na hierarquia e passou a exercer um papel de disciplina interna, aplicando punições violentas, os chamados "salves", contra membros que descumpriam regras do grupo.

As apurações indicam que ele liderava um esquema de extorsão, cobrando "taxas de proteção" de comerciantes locais, que eram ameaçados com represálias violentas, incluindo incêndios criminosos e depredação de estabelecimentos.

Incêndio criminoso resultou em morte

Um dos crimes mais graves atribuídos ao investigado é o incêndio criminoso que levou à morte de Rafael da Silva Ramos. Segundo a polícia, ele ordenou que a vítima incendiasse um táxi como forma de intimidação, mas as chamas se alastraram, impedindo a fuga de Rafael, que morreu asfixiado e com queimaduras severas.

Durante as buscas, os policiais encontraram uma grande quantidade de entorpecentes na residência do investigado, reforçando sua conexão com a facção criminosa.

Objetivo é restaurar a segurança pública

O delegado Mateus Reiners, responsável pelo caso, destacou a importância da operação para a segurança da região. “A Polícia Civil vem trabalhando, por meio de investigações e operações, para restaurar a segurança pública e coibir práticas criminosas que geram sensação de insegurança entre os moradores”, afirmou o delegado.